2 de ago. de 2012

A superação é a maior conquista

Michael Phelps: 22 medalhas olímpicas e 37 recordes mundiais
O nome Michael Phelps é sinônimo de superação.

As conquistas mais conhecidas são as esportivas:
Phelps é o maior medalhista dos Jogos Olímpicos com 22 medalhas (18 de ouro, 2 de prata e 2 de bronze). Além disso é o único tricampeão olímpico de natação - em duas provas: 200 metros medley e 100 metros borboleta. Sem falar nos incríveis 37 recordes mundiais. Dificilmente surgirá um outro nadador tão completo.

Ao ver estes resultados pode-se, em um primeiro momento, imaginar que este super campeão nasceu, cresceu e se desenvolveu de forma perfeita e não teve que superar nenhuma barreira para chegar aonde chegou. O que pouca gente sabe é que, quando criança, poucos imaginavam que ele teria algum sucesso em sua vida, dentro ou fora do esporte.

Muito cedo ele foi diagnosticado com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade - TDAH, uma síndrome caracterizada por desatenção, hiperatividade e impulsividade. Por causa do TDAH, foi um aluno problemático, sendo frequentador assíduo da sala do diretor de seu colégio. As brigas e suspensões eram frequentes.

Poucas coisas prendiam sua atenção. Entre elas estava a natação, que começou aos sete anos por recomendação médica - ele sofria de asma. Aos dez anos bateu o recorde americano na sua faixa de idade. Neste mesmo ano foi suspenso mais de dez vezes. Aos doze foi expulso da escola por brigar em sala de aula. O motivo? Era vítima constante de bullying e foi chamado de retardado por um colega.

Neste mesmo ano foi "adotado" pelo técnico americano Bob Bowman, que providenciou acompanhamento especializado e conseguiu que ele mantivesse o foco no desenvolvimento de seu grande potencial.

Valeu à pena. Aos quinze anos participou das Olimpíadas de Sydney (2000) sem conquistar medalhas, mas chegando a uma final. Alguns meses depois tornou-se o atleta mais novo da história a bater um recorde mundial da natação nos 200 metros borboleta.

Aos 19 anos, foi para sua segunda Olimpíada, Atenas (2004). Nadou em oito provas. Ganhou medalhas em todas (6 ouros e 2 bronzes). Neste mesmo ano foi preso por dirigir alcoolizado e foi condenado a 18 meses de serviços comunitários. Foi "crucificado" pela mídia. Isolou-se e focou apenas em treinamentos e nos estudos. Tinha acabado de entrar na Universidade de Michigan.

Quatro anos mais tarde, nas Olimpíadas de Pequim, ganhou TODAS as oito provas que disputou, batendo o recorde de Mark Spitz - sete ouros em Munique (1972). Virou o queridinho da America. Até ser filmado fumando maconha em uma festa na universidade. Foi mais uma vez "crucificado" e desta vez suspenso por doping.

Aproveitou para estudar e conseguiu se formar - algo impensável alguns anos antes - em Marketing.

Em Londres, quatro ouros e duas pratas. Recorde de medalhas olímpicas. Tornou-se um ícone mundial. Superou a desconfiança de colegas, dos professores, da família, provavelmente dele mesmo. Virou referência. Por ser perfeito? Longe disso. Foi por ter direcionado todo o seu talento, toda a sua energia para superar suas deficiências, suas fraquezas.

Esta é sua maior conquista: ele nunca deixou de ser humano. Apenas se superou.

Sucesso.

Mario Linhares

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